A arquiteta de folga nunca para de pensar em trabalho, né?
Quem acompanha nossos stories viu que eu passei o feriado de carnaval em Belo Horizonte, cidade que já visitei algumas vezes e amo de paixão! Mesmo em férias, viajar me inspira demais e sempre estou pensando em nossos projetos em desenvolvimento e na prática profissional como um todo.
Entre muitos motivos para amar Beagá (nem preciso falar da gastronomia né), um deles me pegou forte dessa vez: a forma como a própria arquitetura da cidade marca uma transição de tempo para a entrada do modernismo no Brasil. A capital mineira foi a primeira cidade moderna planejada no país, inaugurada em 1897, assim como Brasília támbem foi anos depois!
É só andar pela Praça da Liberdade que percebemos essa mistura de épocas entre prédios históricos e ícones modernistas como o Edifício Niemeyer, que não passa despercebido. Um dos meus prédios favoritos nessa região é o Museu das Minas e do Metal MM Gerdau, que ocupa um Prédio Rosa de 1897 cheio de detalhes neoclássicos e que teve uma ampliação em 2010 assinada pelo arquiteto Paulo Mendes da Rocha. É lindo o encontro entre os edifícios, com estéticas de épocas completamente diferentes.


Mas o grande detaque da Praça é o próprio Palácio da Liberdade, inaugurado apenas um ano após a cidade de Belo Horizonte. Dessa vez finalmente o conheci por dentro, já que esteve fechado para visitação por alguns anos e só era possível ver sua fachada através das grades.
Esse prédio de estilo eclético (uma mistura de elementos clássicos, barrocos e renascentistas) era a sede administrativa do governador do estado de Minas Gerais. Personalidades importantes inclusive tiveram moradia por lá, como foi o caso de Juscelino Kubitsheck e Tancredo Neves (ambos ex-governadores e ex-presidentes da República).
A primeira sensação que tive ao avistar o interior do Palácio da Liberade foi a de estar fisicamente conectada ao passado, uma sensação quase mágica de ser transportada àquele momento histórico importante. Pelas cores, pelos detalhes, pelos cheiros. Todos os elementos impressionantes demais para descrever, de diferentes lugares do mundo, compõe esse retrato da época por meio da arquitetura.
E não é por acaso que são os edifícios históricos que nos emocionam quando conhecemos um lugar diferente, seja no Brasil ou fora. Os prédios que duram no tempo são, pela minha percepção, os que não se preocupam muito com regras e são carregados de significados únicos. É muito menos sobre usar “esse ou aquele tipo de material” e muito mais sobre o sentido das coisas, o bom uso da linguagem visual para contar aquela história, daquele lugar, naquele contexto.
Não consigo deixar de pensar em como hoje em dia é comum o uso da palavra “atemporal” para definir o que é uma “boa arquitetura” e o motivo pelo qual os projetos “duram no tempo”. Mas será que é realmente possível tirar o tempo da arquitetura? Deixo essa pergunta para a gente retormar em outro momento.
Espero que tenham gostado dessa viagem, da minha cabeça. Depois me conta o que você pensa sobre esse assunto?
Até a próxima,
Lari
em brasília
Confesso que dessa vez foi difícil pensar na dica “em Brasília”, já que ultimamente tenho saído pouco para conhecer lugares novos (ou diferentes do que já indicamos nas últimas edições). Então pensei em contar sobre um dos últimos lugares que conheci e tenho muita vontade de voltar desde o final do ano passado. Tá valendo né?
Foi com um “por favor vamos em um lugar diferente” que conheci o Papy Massas, em uma sexta à noite. O espaço é simples, familiar e descontraído, localizado na 712 Norte. Uma amiga insistiu dizendo que valia muito a pena e estava coberta de razão (obrigada, Sara)!

Pedimos drinks refrescantes e uma pide de calabresa di-vi-na (parece uma esfirra aberta, deliciosa para compartilhar e acompanha molhinho, amo). Não resistimos e pedimos também uma pizza só para comprovar que o ‘Massas’ no nome deles não é por acaso, o Papy sabe o que faz. Aprovadíssimo e já quero voltar.
Tem alguma indicação de algo para conhecer em Brasília? Pode ser um café, exposição de arte, evento, restaurante, ponto turístico… Envia para o direct do nosso Instagram!
curadoria
Referência é tudo! E aqui você tem acesso à nossa curadoria com links das dicas mais legais (e aleatórias) do mês - tudo em vermelho é clicável:
⛩ a Japan House São Paulo trouxe uma exposição itinerante para o Museu de Arte de Brasília: ‘DŌ: A Caminho da Virtude’, para quem se interessa pela cultura japonesa e artes marciais vai estar em cartaz até 28 de abril
♟ estou obcecada por XADREZ - mas não o jogo, a padronagem! - e sonho todos os dias com um Tapete Geraldo da Koord para chamar de meu (além de lindo e xadrez, esse modelo ainda tem o nome do meu avô)!
🖼 se você adora estudos de cor e direção de arte como eu, vai adorar os conteúdos sobre o uso das cores na produção cinematográfica pelo instagram @cine.cor
🎥 falando em cinema, o novo filme do Studio Ghibli (o mesmo que produziu A Viagem de Chihiro e Meu Amigo Totoro) está em cartaz: O Menino e a Garça, estou doida para asisstir pois sou fã da estética e histórias dessas animações
🎙 adoro conhecer podcasts diferentes e vou indicar o Emoção Criativa, que fala sobre criatividade sob diferentes perspectivas e nada óbvias - o episódio com Chico Felitti está incrível
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